quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

.. nos embalos da meiga breguice que toca na rima e no amor ..

Não é do tipo bicho miúdo
já nasce de medo mudo
na íris carrega o melhor do absurdo

onde não há - se cria 
desenha, crê e segue 
a cartografia de sua própria utopia

não tem fundo, beira ou lugar
mora onde o deixam entrar
abrigo não sabe cobrar

Muitos dizem que é um puto sem vergonha
só porque não aprisiona.
E o mal falado só faz bem,
não priva, fere ou lesiona
Ciúme e posse ele questiona

É uma passagem sem tempo pelas espirais da memória
Vem, Volta, Fica e Vai
Volta, Vai, Vem e Fica
Tece história
não pergunta
pouco explica

Não tem personalidade
não tem ego envaidecido
invenção constante/efêmera
de um sonho coletivo

Esse bicho que é graúdo
Inventado, destemido
Abomina a crueldade, baixeza, inveja, barbaridade
Das prisões rompe as grades
e todo dia vira festa pra celebrar Liberdade!
Não terei cães, filhos ou Grandes Amores
Encontrarei cães, serei mãe, viverei Amores



quarta-feira, 7 de agosto de 2013

quarta-feira, 24 de abril de 2013

terça-feira, 23 de abril de 2013

Será que existe vida de sobra
pra criar enredos sobre o passeio
público de vidas alheias?

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Desavergonhada decisão

De hoje,
nenhuma palavra ficará soterrada, desdita,
atravessada, engasgada, embolorada
e cheia de pêlos.

De hoje,
palavras tomam sol na varanda,
abrem janelas,
vão à praia,
percorrem distâncias,
trazem pra perto,
libertam.

Palavras, fazem crescer o mundo;
curam câncer,
criam humanos,
intensificam cores,
tornam sons vizíveis,
valorizam silêncios
e comem maçãs.

De hoje,
palavras antigas, guardadas,
sacodem o pó de suas rotas roupas,
estalam os ossos e todos os dedos
e ouvem perplexas de êxtase
o som quase impróprio de sua própria voz.

De hoje,

p a l a v r a s  d a n ç a r ã o...